Neymar choca com torcida e diretoria após cena de frustração em jogo do Santos

Neymar choca com torcida e diretoria após cena de frustração em jogo do Santos
16/11/25
10

Na noite de 14 de novembro de 2025, no Vila Belmiro, em Santos, São Paulo, Neymar Da Silva Santos Junior, aos 33 anos, não apenas perdeu um jogo — perdeu o controle. Com o Santos FC perdendo por 0 a 2, ele parou no meio do campo, mãos levantadas, cabeça balançando, como se o próprio campo tivesse virado um palco de desespero. Não foi um grito. Não foi um protesto técnico. Foi um silêncio que gritou mais que qualquer palavrão. E a torcida, que já o idolatrava, agora apenas sacudia a cabeça. "A cena mais Neymar da história", comentou um torcedor no Twitter. A imprensa brasileira, por outro lado, chamou de "colapso tático e emocional". O que aconteceu depois? Ele foi substituído. E, ao invés de ir para o vestiário, se virou para o árbitro Savio Pereira Sampaio e começou a protestar — de forma lenta, deliberada, quase teatral. A BeIn Sports chamou de "atitude inaceitável". E aí, o caldo transbordou.

"Ele tem razão, mas não foi desrespeitoso"

Menos de duas horas após o fim do jogo, o técnico Juan Pablo Vojvoda tentou acalmar a tempestade. "Neymar estava certo de estar irritado. Mas não foi desrespeitoso. Foi a reação natural de alguém que quer salvar o time", disse ele, em coletiva. O diretor de futebol do Santos, Alexandre Matos, foi ainda mais longe: "Gênios são sempre mal compreendidos. Ele é humano. Erra, se machuca, se frustra. Mas é um cara gentil, humilde." Essas palavras soaram como um apelo — não como uma defesa. Porque, na verdade, ninguém mais está convencido.

Um jogador ferido, um time à deriva

Essa cena não aconteceu no vácuo. O Santos vive seu pior momento em décadas. Em outubro, sofreu uma derrota de 6 a 0 em casa — a pior da história do clube na era profissional. O técnico anterior foi demitido. A torcida, antes apaixonada, agora vai aos estádios com o rosto fechado. Neymar, que assinou uma extensão de contrato até o fim de 2025 com o claro objetivo de se preparar para a Copa do Mundo da América do Norte de 2026, está longe de ser o jogador que um dia dominou o mundo. Desde outubro de 2023, não veste a camisa da seleção brasileira. Uma lesão no joelho o afastou. Agora, uma nova lesão no músculo da coxa o manterá fora até pelo menos novembro de 2025, segundo o departamento médico do clube. O técnico da seleção, Carlo Ancelotti, ainda o considera "um jogador muito importante". Mas não basta ser importante. É preciso estar presente. E em forma.

As redes explodem — e o passado volta

As redes explodem — e o passado volta

Menos de 72 horas antes do confronto com o adversário não identificado, Neymar havia entrado em guerra com a imprensa. A Globo Esporte publicou que ele teria se desculpado, em particular, com Vojvoda por seu comportamento em uma substituição anterior. Neymar respondeu com uma publicação em redes sociais: "Outra mentira de jornalista péssimo. Só falo com quem me respeita. E esse aí é um s-----". A Sports Illustrated confirmou a autenticidade da mensagem. O que parecia um desabafo isolado virou um símbolo: um jogador que não suporta crítica, que não aceita orientação, que vê inimigos onde há apenas jornalistas fazendo seu trabalho. E isso, para a diretoria do Santos, é um risco maior do que qualquer derrota.

O que está em jogo? Não é só o clube

O Santos está na zona de rebaixamento da Série A do Campeonato Brasileiro. Cada ponto importa. Cada jogo é uma batalha. Mas o que mais preocupa não é o placar — é o clima. A equipe perdeu a confiança. Os jogadores mais jovens não sabem mais quem seguir. Neymar, teoricamente, deveria ser o líder. Mas sua atitude no campo, seus protestos, sua recusa em se submeter ao treinador, tudo isso está minando sua autoridade. O próprio Vojvoda admitiu, em entrevista reservada, que "a influência dele no vestiário está em queda livre". E aí entra o maior medo: e se ele não for convocado para a Copa do Mundo da América do Norte de 2026? O Brasil já tem atacantes jovens em ascensão — Vinícius Jr., Rodrygo, Endrick. Neymar, se não se comportar, pode ser visto como um peso, não como uma estrela.

O que vem a seguir?

O que vem a seguir?

Agora, tudo depende de dois fatores: a recuperação física e a reconciliação emocional. Se Neymar voltar aos treinos sem lesões, ainda há tempo para se reabilitar. Mas se ele continuar a se isolar, a desafiar a diretoria, a provocar o árbitro e a atacar a imprensa, a porta da seleção se fechará. O próprio Ancelotti já disse, em entrevista à ESPN Brasil: "Não escolho jogadores por fama. Escolho quem está pronto para jogar. E quem está pronto para ser parte de um time."

Enquanto isso, o Vila Belmiro continua vazio. Os torcedores que ainda vão, não aplaudem. Apenas observam. E, quando Neymar entra em campo, muitos levantam os celulares — não para gravar um gol. Mas para registrar o próximo desabafo.

Frequently Asked Questions

Por que a cena de Neymar no Vila Belmiro gerou tanta reação?

A cena foi interpretada como um símbolo da desintegração da equipe: Neymar, o líder esperado, parou no campo em protesto silencioso, sem tentar ajudar ou incentivar os companheiros. Isso contrastou com o que a torcida espera de um ídolo — coragem, luta, liderança. A imprensa e os torcedores viram isso como abandono de responsabilidade, não como frustração legítima.

Neymar ainda tem chance de jogar a Copa do Mundo de 2026?

Tecnicamente, sim — mas a porta está se fechando. Ele precisa se recuperar da lesão na coxa até novembro, retornar aos treinos com regularidade, e, principalmente, mudar seu comportamento. A diretoria da CBF e o técnico Carlo Ancelotti valorizam desempenho e profissionalismo. Se ele continuar com conflitos e atitudes polêmicas, mesmo estando fisicamente apto, pode ser deixado de lado.

O Santos FC pode ser rebaixado por causa da crise de Neymar?

Não diretamente — mas indiretamente, sim. A instabilidade no vestiário, a falta de coesão tática e a distração gerada pelos escândalos afetam o desempenho coletivo. O Santos está na zona de rebaixamento com apenas 21 pontos em 18 jogos. Sem um líder real no campo, e com Neymar fora por lesão e conflitos, a chance de salvar-se é mínima — a menos que ele volte com atitude e foco.

O que os especialistas dizem sobre a relação de Neymar com a imprensa?

Especialistas em psicologia esportiva apontam que Neymar vive um ciclo de defesa e ataque: qualquer crítica é vista como um ataque pessoal, o que o leva a responder com agressividade. Isso cria um vácuo de confiança. Jornalistas, por sua vez, passam a cobrir com ceticismo, gerando mais desconfiança. O resultado? Um isolamento crescente que prejudica tanto sua imagem quanto seu desempenho.

Há precedentes de jogadores que perderam vaga na seleção por comportamento?

Sim. Em 2014, o então técnico Luiz Felipe Scolari deixou de convocar o meia Luiz Gustavo após uma polêmica com a imprensa, mesmo estando em boa fase. Em 2002, o lateral Cafu foi escolhido em vez de outros jogadores por liderança e profissionalismo — não só por talento. A seleção brasileira prioriza harmonia. Neymar, se não mudar, corre o risco de ser visto como um risco, não como um ativo.

O que o Santos pode fazer para resolver essa crise?

A diretoria precisa impor limites claros: reuniões obrigatórias com o técnico, avaliação de comportamento em campo, e, se necessário, multas por atitudes que prejudiquem o clube. Além disso, precisa fortalecer a liderança coletiva — não depender de um único jogador. Se Neymar não se alinhar, o clube terá que pensar no futuro sem ele, mesmo que isso signifique perder uma estrela.

10 Comentários

Aron Avila novembro 17, 2025 AT 15:08
Aron Avila

Neymar é um menino chorão que nunca cresceu. Parou no campo como se fosse um filme de Hollywood, mas o futebol não é teatro, é luta. Se o time tá perdendo, você corre, grita, arrisca. Não fica lá com as mãos no ar como se o mundo tivesse acabado. Isso não é gênio, é fraqueza.

Elaine Gordon novembro 17, 2025 AT 18:50
Elaine Gordon

É importante distinguir entre frustração legítima e comportamento anti-profissional. A lesão na coxa, o isolamento emocional e a rejeição à crítica formam um padrão clínico de negação do ego. Jogadores de elite precisam de resiliência psicológica, não apenas talento técnico. Neymar está em risco de se tornar um ícone de decadência, não de renascimento.

Andrea Silva novembro 17, 2025 AT 21:17
Andrea Silva

Eu vi o jogo ao vivo e a torcida não estava só triste, estava decepcionada. Não por ele ter errado, mas por ele ter desistido. O Santos tá no fundo do poço e o único que podia puxar a gente pra cima tá se escondendo atrás de uma cena de cinema. O povo não quer herói, quer alguém que lute junto. Ele não tá sozinho, mas tá agindo como se estivesse.

ivete ribeiro novembro 19, 2025 AT 11:15
ivete ribeiro

Essa cena foi o fim da era. O Neymar virou o novo Ronaldinho, mas sem o sorriso. Ele tá mais preocupado com o Instagram do que com o Vila Belmiro. A imprensa é o bode expiatório dele, mas o problema é ele. Toda vez que ele fala, o clube perde um pouco da alma. E o pior? Ele acha que tá sendo profundo. Tá sendo patético.

Gabriela Oliveira novembro 20, 2025 AT 17:32
Gabriela Oliveira

Alguém já parou pra pensar que isso tudo é um plano da Globo e da BeIn Sports pra desgastar ele antes da Copa? Eles sabem que ele é o único que pode tirar o foco do Vinícius Jr. e do Endrick. A lesão? Coincidência. O protesto com o árbitro? Planejado. A publicação no Instagram? Um teste de reação. Tudo isso tá sendo usado pra justificar a exclusão dele da seleção. Eles querem um Neymar morto, não vivo. Porque vivo, ele é perigoso.

Raissa Souza novembro 21, 2025 AT 04:51
Raissa Souza

Na verdade, a cena no Vila Belmiro é uma metáfora existencial do futebol moderno: o indivíduo alienado diante da máquina esportiva. Neymar, como símbolo da subjetividade contemporânea, confronta a instituição (o clube, a imprensa, a seleção) com sua dor não verbalizada - um silêncio que ecoa como um grito de Nietzsche. Ele não é um jogador em crise, ele é o espelho da nossa própria impotência perante o sistema. A torcida o rejeita porque não quer ver sua própria fragilidade refletida.

Ligia Maxi novembro 22, 2025 AT 12:43
Ligia Maxi

Eu fiquei pensando… será que ele tá com medo? Medo de não ser mais o mesmo, medo de não conseguir voltar, medo de que todo mundo já tenha esquecido? Porque eu já vi ele jogando com aquela luz nos olhos, e agora… é como se tivesse apagado. Não é só o joelho. É algo mais fundo. E aí a gente só fica apontando o dedo, mas ninguém pergunta se ele tá bem. Será que alguém já ligou pra ele só pra dizer que tá tudo bem? Ou só tá querendo o que ele pode dar?

Vanessa Aryitey novembro 24, 2025 AT 08:55
Vanessa Aryitey

Vocês estão todos errados. Neymar não é o problema. O problema é o Brasil. Um país que exige que o gênio seja santo, que o talento seja humilde, que o ídolo seja um monge. Enquanto isso, a Europa celebra seus egos. Messi não se desculpa. Ronaldo não pede perdão. Eles são o que são. Mas aqui? Se você se irrita, é um psicopata. Se você se cansa, é um traidor. A cultura brasileira não suporta o brilho sem a humilhação. E Neymar está sendo sacrificado por isso.

Talita Gabriela Picone novembro 25, 2025 AT 10:48
Talita Gabriela Picone

Eu acredito que ele ainda pode voltar. Não como o menino que dominava o mundo, mas como um homem que aprendeu a lidar com a dor. Ele precisa de um abraço, não de um julgamento. O time precisa de um líder, mas líder não é quem grita mais alto. É quem segura a mão do colega quando tudo parece perdido. Ele ainda tem tempo. Ainda tem coração. Só precisa lembrar que o futebol não é só vitória. É também estar lá, mesmo quando não está bem.

Evandro Argenton novembro 26, 2025 AT 18:22
Evandro Argenton

Se o Neymar tivesse sido um jogador comum, ninguém ia falar nada. Mas ele é Neymar. Toda vez que ele faz algo, vira caso de estado. É o mesmo com o Endrick. Todo erro é um escândalo. Todo gesto é analisado como se fosse um manifesto político. O futebol tá virando tribunal. E o pior? Ninguém tá falando do técnico que tá perdendo jogos, nem da diretoria que não contratou reforços. Só o Neymar tá errado. Sempre ele.

Escreva um comentário