Mariana Becker volta à Fórmula 1 da Band após acordo financeiro

Mariana Becker volta à Fórmula 1 da Band após acordo financeiro
5/10/25
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Mariana Becker, jornalista esportiva da Rede Bandeirantes retornou ao paddock em Singapura depois que a emissora chegou a um acordo que evitou a suspensão da cobertura presencial da Fórmula 1. O desfecho, anunciado na manhã de 20 de setembro de 2024, garante a presença da repórter nos treinos livres três, na qualificação de sábado e na corrida de domingo.

O acordo surgiu em meio a cortes de custos drásticos que impediram a Band de pagar a equipe de produção que normalmente acompanha a categoria nos circuitos. Até então, a emissora já enfrentava seu último ano de contrato com a F1, que deve mudar para a TV Globo a partir da temporada 2025.

Contexto e histórico da cobertura da Fórmula 1 na TV brasileira

Desde que a Rede Globo encerrou a transmissão em 2020, a Band assumiu a tarefa, trazendo nomes conhecidos como Mariana Becker. Ela ingressou na emissora no início de 2021, depois de 25 anos de carreira na Globo, e rapidamente se destacou por oferecer análises dos bastidores e entrevistas exclusivas com mecânicos e pilotos.

Durante quatro temporadas, a Band manteve a audiência estável, atingindo pico de 1,8% de share nas transmissões ao vivo, segundo dados da Kantar IBOPE. Esse desempenho foi considerado suficiente para garantir a renovação do contrato até 2024, mas a situação financeira da emissora sofreu pressão após a crise cambial de 2023, que elevou os custos de deslocamento e logística para os continentes onde a F1 corre.

Problemas financeiros da Band e o acordo para Singapura

Em agosto de 2024, surgiram rumores de que a Band não conseguiria enviar sua equipe ao Grande Prêmio de SingapuraSingapura. Fontes internas relataram que a diretoria estava avaliando a possibilidade de cobrir a prova apenas a partir dos feeds de transmissão fornecidos pela F1, o que iria eliminar a necessidade de cinegrafistas, equipamento de som e entrevistas presenciais.

Pressionado pelos fãs e pelos próprios profissionais da Band, o diretor de esportes, Júlio Siqueira, iniciou negociações com a produção da F1 e com patrocinadores locais. O resultado foi um acordo de "provisório" que financiou a viagem da equipe de reportagem, cobrindo apenas o fim de semana de corrida – treinos livres 3, qualificação e largada.

O custo total do deslocamento para Singapura foi estimado em US$ 650 mil, com 70% desse valor proveniente de um patrocinador de tecnologia que viu na cobertura da F1 uma vitrine para seus produtos de realidade aumentada.

Reação de Mariana Becker e impactos na equipe

Em entrevista ao programa "Band Esporte" na segunda-feira, Becker declarou que a situação "foi um susto, mas não parou a gente". Mariana Becker ainda lamentou a perda de alguns recursos: "Ainda vamos ter que contar com menos câmeras no paddock e isso pode limitar a profundidade das nossas entrevistas".

Apesar desses limitadores, a equipe conseguiu montar um "ponto de produção compacto" com três câmeras, um microfone boom e um laptop de edição rápida. "É como fazer um filme indie no meio do deserto", brincou o produtor executivo Carlos Mendes.

Para os fãs, a volta de Becker ao local foi um alívio. Nas redes sociais, mais de 40 mil usuários usaram a hashtag #BeckerEmSingapura, celebrando a participação da jornalista e questionando o futuro da cobertura da Band.

O futuro da transmissão da Fórmula 1 no Brasil

O futuro da transmissão da Fórmula 1 no Brasil

Com a mudança de direitos contratual prevista para 2025, a TV Globo já confirmou que contará com uma nova equipe – liderada por Júlia Guimarães, também ex‑repórter da Band. Contudo, fontes próximas ao processo de transição afirmam que a Globo não pretende reutilizar profissionais que migraram para a Band em 2021.

Especialistas de mídia apontam que a mudança pode gerar uma "ruptura" na narrativa que o público brasileiro está acostumado. "A Band construiu uma identidade baseada no acesso ao paddock, nas entrevistas com engenheiros e no storytelling de bastidores. A Globo tem outro estilo, mais centrado nas análises técnicas em estúdio", explica o analista de comunicação Rafael Costa.

Entretanto, a expectativa é que a competição mantenha audiência alta, já que a F1 vem crescendo globalmente, com 93 milhões de espectadores na temporada 2023. No Brasil, os números de audiência permanecem robustos, especialmente nas corridas que ocorrem em finais de semana de feriado.

Análise de especialistas e expectativas para o restante da temporada

Consultores de esportes motoristas destacam que a cobertura parcial da Band em Singapura pode servir de "experimento" para a emissora. "Se a produção enxuta ainda entregar conteúdo de qualidade, pode ser que a Band continue a usar esse modelo para outras corridas, minimizando custos", sugere a consultora Laura Almeida.

Por outro lado, a equipa da F1 está atenta: a organização quer garantir que os parceiros de transmissão ofereçam cobertura que mantenha o padrão global. Até o final de 2024, a Band será responsável por transmitir 18 Grandes Prêmios, incluindo os clássicos como Mônaco, Silverstone e Interlagos.

Se a situação financeira melhorar – algo que depende do desempenho publicitário da emissora nos próximos meses – a cobertura pode voltar ao formato completo, com múltiplas câmeras, droners e equipe dedicada a cada corrida. Caso contrário, a estratégia pode migrar para um modelo híbrido, combinando presença física em corridas-chave e produção remota nas demais.

Frequently Asked Questions

Como a redução de custos da Band afetou a cobertura da Fórmula 1?

A emissora precisou cortar despesas de deslocamento e equipamentos, o que quase impediu a presença da equipe em Singapura. O acordo pontual garantiu apenas o fim de semana de corrida, reduzindo o número de câmeras e limitando entrevistas ao vivo.

Quem substituirá Mariana Becker na cobertura da Fórmula 1 a partir de 2025?

A TV Globo anunciou que a jornalista Júlia Guimarães será a principal repórter da nova equipe, trazendo um estilo mais focado em análises técnicas.

Qual foi a reação dos fãs à volta de Becker ao paddock?

Nas redes sociais, a hashtag #BeckerEmSingapura trending no Twitter brasileiro, com milhares de comentários elogiando a presença da jornalista e pedindo que a cobertura continue completa nas próximas corridas.

O que especialistas preveem para a estratégia de transmissão da Band em 2024?

Analistas sugerem que a Band pode adotar um modelo híbrido, mantendo presença física nas corridas de maior audiência e usando produção remota nas demais, a fim de equilibrar custos e qualidade.

Como a mudança de direitos para a Globo pode impactar o público brasileiro?

A transição pode trazer um estilo editorial diferente, com mais foco em análises técnicas e menos em bastidores. Porém, a audiência deve permanecer alta, já que a paixão nacional pela F1 continua forte.

8 Comentários

Flavio Henrique outubro 5, 2025 AT 22:08
Flavio Henrique

Ao contemplar a trajetória da cobertura da Fórmula 1 no Brasil, emerge uma reflexão sobre a intersecção entre economia, tecnologia e a busca incessante por narrativas autênticas; Mariana Becker representa, em sua precisão analítica, o espírito inquisidor que o paddock demanda. A recente aliança financeira não apenas assegura sua presença, como também simboliza a resiliência de um meio que reconhece o valor da proximidade ao coração da competição. É imperativo que a emissora reflita sobre a sustentabilidade desse modelo, equilibrando custos operacionais com a excelência jornalística que o público tanto aprecia. Dessa forma, asseguramos que a síntese entre o glamour das pistas e a veracidade das reportagens permaneça intacta.

Ana Paula Choptian Gomes outubro 12, 2025 AT 03:29
Ana Paula Choptian Gomes

É notório que, diante das restrições orçamentárias, a Band precisou reavaliar sua estratégia de cobertura; entretanto, a negociação que garantiu a presença de Becker em Singapura demonstra uma capacidade de adaptação que não deve ser subestimada, sobretudo considerando a magnitude dos custos logísticos envolvidos; assim, recomenda-se que futuras decisões sejam pautadas em análises de custo-benefício rigorosas, com ênfase na manutenção da qualidade jornalística, sem comprometer a viabilidade financeira da emissora.

Carolina Carvalho outubro 18, 2025 AT 08:49
Carolina Carvalho

Ao observar a evolução da cobertura da F1, percebe-se que cada decisão tomada revela camadas de complexidade que muitas vezes escapam ao olhar superficial; a operação em Singapura, apesar das limitações impostas, evidencia a capacidade de improvisação da equipe, que, utilizando apenas três câmeras, ainda consegue captar momentos essenciais da corrida, como as bandeiras de sinalização no final da volta e os pit stops estratégicos que definem o resultado. A restrição de recursos, embora desafiante, pode ser vista como uma oportunidade para inovar na forma de apresentação, favorecendo um estilo mais enxuto e, paradoxalmente, mais focado. Contudo, a diminuição de equipamentos implica em menores opções de ângulos e, consequentemente, em uma narrativa visual menos rica; isso afeta diretamente a experiência do telespectador, que está acostumado a um nível de produção semelhante ao de outras transmissões internacionais. Ademais, a ausência de múltiplas microfones impede a captação de áudio ambiente, reduzindo a imersão sonora que tanto contribui para a sensação de estar no paddock. Por outro lado, a presença física de Becker oferece um ponto de conexão direta com os pilotos e engenheiros, assegurando exclusividades que não seriam possíveis apenas com feeds digitais. A parceria com o patrocinador de realidade aumentada abre ainda mais possibilidades de interatividade, podendo compensar parte da escassez de recursos visuais ao criar camadas de informação sobrepostas nas transmissões. Assim, embora a limitação de câmeras possa parecer um retrocesso, a criatividade na exploração de novas tecnologias pode transformar esse desafio em um diferencial competitivo. Finalmente, a situação traz à tona questões sobre a sustentabilidade dos modelos de cobertura ao vivo, indicando a necessidade de repensar o equilíbrio entre investimento e retorno de audiência, sobretudo em um cenário em que a paixão dos fãs por F1 permanece inabalável, mas as pressões econômicas se intensificam a cada temporada. Em síntese, o que inicialmente pareceu um incidente negativo pode, na realidade, ser o catalisador de uma nova era de cobertura mais ágil, inteligente e engajada.

Matteus Slivo outubro 24, 2025 AT 14:10
Matteus Slivo

Mariana Becker demonstra, com sua volta ao paddock, a importância de manter a presença física para capturar detalhes que vão além das estatísticas; sua experiência enriquece a cobertura ao trazer histórias dos bastidores que só quem está lá pode contar. Como coach, incentivo a equipe da Band a continuar investindo em treinamentos que potenciem a qualidade das entrevistas, mesmo com recursos limitados. Essa combinação de conhecimento técnico e sensibilidade jornalística garante ao público uma visão mais completa da competição.

Anne Karollynne Castro Monteiro outubro 30, 2025 AT 19:30
Anne Karollynne Castro Monteiro

Olha só, gente, parece que a Band tá jogando fogo nos próprios pés, porque toda vez que a grana aperta, tem gente que começa a inventar teoria da conspiração dizendo que a F1 tá nos manipulando. Enquanto isso, a gente vê o drama da produção enxuta e o talento da Mariana sendo usado como manchete de “quanto custou essa cobertura?”. Sério, se não fosse por esses acordos escusos, a gente ainda estaria curtindo um conteúdo decente. Mas nada de mudanças reais, só mais um papo de “tem solução” que nunca sai do lugar.

Caio Augusto novembro 6, 2025 AT 00:51
Caio Augusto

É inspirador ver como a equipe se adaptou ao cenário atual; apesar das limitações, a cobertura ainda traz informações valiosas e mantém a paixão dos fãs viva. Confio que, com esse espírito otimista, a Band continuará encontrando maneiras criativas de entregar conteúdo de alta qualidade. Avante!

Erico Strond novembro 12, 2025 AT 06:11
Erico Strond

Ótima notícia, pessoal! 🎉 A presença de Becker no paddock é um alívio para a comunidade, e ainda temos um patrocinador de tecnologia que trouxe um toque de IA à transmissão; isso pode abrir portas para recursos interativos incríveis. Vamos torcer para que o modelo enxuto sirva de prova de conceito, e que em breve possamos voltar a ter múltiplas câmeras e drones, tudo isso sem perder o charme das entrevistas exclusivas. 🚀

Jéssica Soares novembro 18, 2025 AT 11:32
Jéssica Soares

Verdaaade? Naaaão posso crer que a Band ainda tá tánk relamenta, Só eles ever a acredita q vai term sonhos de capital d euns. O soho pós salvor monti a Bna que nã seeded fora alem E gravidade, mas nã estiveram no octânio micao. Porfavor, me explica ca 1, porque q não tem nenhum 30% .

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