Flamengo mostra força no Maracanã e agita reta final da Libertadores
Pressão do início ao fim, gols importantes e uma torcida que fez do Maracanã um caldeirão: o Flamengo reencontrou seu futebol diante do LDU Quito e deixou claro que não vai abrir mão da disputa por uma vaga nas oitavas da Copa Libertadores. Com a vitória por 2 a 0, na noite do dia 16 de maio de 2025, o ambiente ficou mais otimista para os rubro-negros, que ainda dependem do resultado da última rodada, mas seguem firmes na briga.
O técnico Filipe Luís mexeu no esquema, apostou em velocidade e explorou melhor o trio ofensivo com Luiz Araújo, Michael e Bruno Henrique. Logo cedo, a postura agressiva ficou evidente: o Flamengo ocupou o campo do adversário e não deu espaço para o LDU respirar. De tanta insistência, saiu o gol: aos 28 minutos, Léo Ortiz subiu mais alto que todo mundo e, de cabeça, completou um escanteio cobrado com precisão. Isso mudou completamente o ritmo da partida, deixando o time equatoriano acuado.
Enquanto o Flamengo buscava ampliar, o meio-campo comandado por Nicolás de la Cruz e Gerson fazia a bola girar e sufocava as tentativas do LDU sair jogando. Não foram poucas as oportunidades, com o goleiro adversário precisando trabalhar em chutes de fora e infiltrações rápidas. A torcida reconheceu e empurrou mais ainda, aumentando a pressão sobre os equatorianos, que começaram a cometer faltas duras, como mostrou o cartão para Carlos Gruezo.
Segundo tempo de controle e brilho do ataque rubro-negro
Na volta do intervalo, o cenário foi parecido. O Flamengo seguiu dominante, jogando no campo ofensivo e dando poucos espaços. O LDU, já visivelmente desgastado pela intensidade dos donos da casa, tentava se organizar, mas não resistiu por muito tempo. Em trama que nasceu com Bruno Henrique e teve participação de Michael, Luiz Araújo recebeu na área e não perdoou: 2 a 0, festa nas arquibancadas.
Depois do segundo gol, a equipe de Filipe Luís administrou bem, dosando o ritmo e evitando riscos desnecessários. O LDU até ensaiou uma pressão tímida, mas esbarrou na defesa sólida do Flamengo e na concentração do goleiro Rossi — que só apareceu mesmo para segurar bolas alçadas e sair jogando com calma.
O resultado colocou o Flamengo na vice-liderança do Grupo C, com 8 pontos — mesmo número da LDU, mas com saldo superior. Agora vem a rodada decisiva: em 28 de maio, os rubro-negros recebem o Deportivo Táchira no Maracanã e precisam vencer bem, já que o saldo pode decidir o futuro. Se tropeçarem, ainda têm chance de avançar caso o Rosario Central derrote a LDU Quito em jogo simultâneo. Ou seja, a matemática ainda permite sonho, mas o elenco já mostrou que, se depender do futebol visto contra o LDU, a vaga pode, sim, ficar no Rio.
A atuação madura e as mudanças táticas ficaram como lição positiva. Filipe Luís, que colocou Araújo e Michael como novidades, foi certeiro: ganhou profundidade, agressividade e abriu caminho para o resultado. Resta saber se o time vai repetir o desempenho quando não pode mais errar.