Preços de Gasolina e Diesel Sobem A Partir de Amanhã com Aumento de ICMS

Preços de Gasolina e Diesel Sobem A Partir de Amanhã com Aumento de ICMS
1/02/25
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Os novos preços dos combustíveis e o impacto do ICMS

A partir de 1º de fevereiro de 2025, os consumidores brasileiros vão sentir no bolso o aumento nos preços da gasolina e do diesel. A alta é decorrente do incremento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do aumento nos preços internacionais do petróleo. O ICMS sobre a gasolina passará de R$1,37 para R$1,47 por litro, representando um aumento de 7,3%. Para o diesel, o acréscimo será de 5,31%, com o ICMS subindo de R$1,0635 para R$1,12 por litro. Esta medida faz parte de um esforço dos estados brasileiros para melhorar suas receitas e equilibrar as contas públicas, em meio a desafios financeiros crescentes.

Os governos estaduais defendem o aumento do ICMS como algo necessário para enfrentar a inflação em alta e a pressão sobre as finanças públicas. No entanto, essa medida deve pesar no orçamento dos brasileiros, já que combustíveis mais caros tendem a aumentar os custos de transporte e, consequentemente, o preço final de diversos produtos e serviços. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e outros grupos empresariais já manifestaram preocupações quanto ao impacto negativo dessa decisão sobre o consumo e a atividade econômica.

Influências externas e a desvalorização do real

Além do aumento do ICMS, o mercado internacional de petróleo também está exercendo pressão sobre os preços domésticos. O preço do barril de Brent subiu de US$72 para US$76 entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, afetando diretamente os custos de importação do combustível e pressionando o câmbio. A desvalorização do real, que superou a barreira de R$5,30 por dólar, intensifica ainda mais essa questão, tornando as importações mais caras e impactando consumidores finais.

Especialistas em economia apontam que esses fatores colocam uma pressão significativa sobre os setores que dependem do transporte rodoviário, como a agricultura e a indústria, que podem repassar o aumento de custos para os produtos finais. Além disso, essa alta nos combustíveis pode impactar a inflação geral, uma vez que o custo de transporte é um elemento-chave no cálculo do índice de preços ao consumidor.

A redução do preço do gás natural pela Petrobras

A redução do preço do gás natural pela Petrobras

Enquanto os consumidores se preparam para enfrentar combustíveis mais caros, uma boa notícia vem da Petrobras. A empresa anunciou uma redução no preço do gás natural, que poderá chegar a uma redução média de até 9% para as companhias distribuidoras locais (LDCs) que maximizarem seus volumes contratados. Esta medida estará em vigor até dezembro de 2025 e tem potencial para reduzir significativamente os custos dessas empresas, estimando-se uma economia de mais de 300 milhões de dólares.

A redução nos preços do gás natural pode beneficiar setores industriais que utilizam esse combustível como insumo, além de fortalecer a competitividade da indústria brasileira no mercado global. A mudança também traz um alívio para os consumidores que utilizam gás natural veicular (GNV), uma alternativa mais econômica em tempos de gasolina e diesel caros.

Tentativas governamentais de controlar a inflação

O governo brasileiro tem demonstrado interesse em intervir nas decisões de preços dos combustíveis da Petrobras na tentativa de conter aumentos bruscos e proteger a economia da volatilidade externa. A estratégia, que visa evitar grandes disparidades em relação aos preços internacionais, é vista como crucial para controlar a inflação e manter a estabilidade econômica. Contudo, essa política enfrenta críticas sobre a interferência no mercado e no próprio funcionamento das estatais.

Analistas indicam que a capacidade do governo de influenciar a política de preços da Petrobras sem afetar investimentos ou a percepção dos investidores será fundamental para garantir equilíbrio no mercado de combustíveis. As autoridades também buscam formas de atenuar o impacto do aumento do diesel e da gasolina sobre o transporte público, que serve milhões de brasileiros diariamente.

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