Argentina vence Brasil por 75 a 73 e conquista tricampeonato na AmeriCup 2022 em Recife

Argentina vence Brasil por 75 a 73 e conquista tricampeonato na AmeriCup 2022 em Recife
12/10/25
3

Quando Aleksandar Petrovic, técnico da Seleção Brasileira Masculina de Basquete, entrou em quadra no Ginásio Geraldão em FIBA AmeriCup 2022, ele sabia que o sonho de levantar o troféu enfrentaria um obstáculo inesperado: a Argentina, comandada por Sergio Hernández. O torneio, que aconteceu de 2 a 11 de setembro de 2022 em Recife, Pernambuco, trouxe oito seleções das Américas, mas a disputa final ficou marcada por duas cestas nos últimos minutos que decidiram o título.

Contexto histórico da AmeriCup

A International Basketball Federation (FIBA) criou a AmeriCup para definir o melhor time das Américas e garantir vagas para a Copa do Mundo. Antes de 2022, o Brasil já havia levantado o troféu quatro vezes (1984, 1988, 2005, 2009), enquanto a Argentina colecionava três conquistas consecutivas (2011, 2015, 2022). Essa rivalidade remonta à final de 2017, quando o Brasil venceu por 79 a 77 em Córdoba.

Desenvolvimento da competição em Recife

O Ginásio Geraldão recebeu cerca de 12 mil fãs por partida, e a torcida pernambucana apoiou ambas as nações. Na fase de grupos, o Brasil começou com vitória sobre o Canadá (72‑63), depois atropelou a Colômbia (100‑60) e garantiu o primeiro lugar do Grupo A. Enquanto isso, a Argentina superou a Venezuela (76‑53) e surpreendeu os Estados Unidos (85‑84), avançando como líder do Grupo B.

  • Participantes: Brasil, Argentina, EUA, Canadá, Venezuela, República Dominicana, México, Porto Rico.
  • Formato: duas fases – grupos (Round‑Robin) e playoffs (mata‑mata).
  • Local: Ginásio Geraldão, Recife, PE.
Desempenho da Seleção Brasileira

Desempenho da Seleção Brasileira

Além de Yago Santos, que anotou 14 pontos e distribuí 5 assistências na final, o Brasil contou com Bruno Caboclo (rebotes) e Georginho de Paula (segurança defensiva). Na partida contra a República Dominicana (8 de setembro), o brasileiro venceu por 80‑68; contra o México (10 de setembro), o placar foi 86‑76, garantindo vaga na decisão.

Statísticas chave da fase final:

  1. Acertos de três pontos: 25,7% (Brasil) vs 14,8% (Argentina).
  2. Rebotes: 30 (Argentina) vs 15 (Brasil).
  3. Turnovers: 12 (Brasil) vs 8 (Argentina).

O técnico Aleksandar Petrovic afirmou após o jogo: "Fizemos tudo que está ao nosso alcance; a diferença ficou nos rebotes e na experiência da Argentina nas situações de pressão".

A vitória da Argentina e o duelo final

No domingo, 11 de setembro, a partida foi um xadrez de alta velocidade. Juan Fernandez dominou o garrafão, garantindo 15 rebotes, enquanto Sergio Hernández ajustou a defesa nos últimos minutos, forçando duas falhas críticas do Brasil.

Com 75‑73, a Argentina sagrou‑se tricampeã. O título marcou o terceiro da história do país na AmeriCup, consolidando a hegemonia sul‑americana que começou em 2011.

Impactos e próximos passos

Impactos e próximos passos

Apesar do revés, o Brasil garantiu vaga na Copa do Mundo de Basquete 2023 como um dos melhores times não classificados diretamente. A Confederação Brasileira de Basketball (CBB), sob a presidência de Jorge Garbini, já planeja as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2027, com a primeira janela marcada para novembro de 2022.

Para a Argentina, o título abre caminho para a próxima fase das qualificações mundiais, enquanto o técnico Sergio Hernández promete manter a fórmula vencedora, focando na rotação de pivôs e na defesa perimetral.

Perguntas Frequentes

Como a derrota na final afeta a classificação do Brasil para a Copa do Mundo?

Mesmo sem o título, o Brasil manteve a vaga para a Copa do Mundo de 2023, pois terminou entre os dois melhores times das Américas que não se classificaram diretamente. O desempenho garante ao país participar da fase de grupos da competição mundial.

Quais foram os destaques individuais da final?

Juan Fernandez, da Argentina, foi o grande pivô, com 15 rebotes e 12 pontos. Yago Santos, do Brasil, marcou 14 pontos e liderou com cinco assistências. Bruno Caboclo ainda se destacou nos lances ofensivos, somando 8 pontos e 7 rebotes.

O que mudou na estratégia da Argentina para vencer a final?

Sergio Hernández ajustou a defesa na zona de três pontos nos minutos finais, reduzindo os acertos do Brasil para 25,7% e forçando turnovers críticos. O foco no rebote ofensivo também deu à Argentina 15 oportunidades a mais de segunda chance.

Quando será a próxima AmeriCup?

A próxima edição da AmeriCup está prevista para 2025, com sede ainda a ser definida. As seleções já começam a planejar seus elencos, incluindo a renovação de jovens talentos como Yago Santos.

Qual o legado da AmeriCup 2022 para o basquete brasileiro?

O torneio mostrou a profundidade do plantel brasileiro e a capacidade de competir contra os maiores da região. Apesar da derrota, a classificação para a Copa do Mundo reforça a importância de investir em formação de base e na experiência internacional dos jogadores.

3 Comentários

Paulo Viveiros Costa outubro 12, 2025 AT 20:29

Paulo Viveiros Costa

É triste ver o Brasil perder pra Argentina quando a gente tem tanto talento e ainda assim parece que a federação finge que tudo tá bem. Quem se recusa a aceitar a realidade tá fudido.

joao teixeira outubro 13, 2025 AT 02:03

joao teixeira

Todo mundo acha que foi só um jogo, mas ninguém fala das ligações obscuras entre a FIBA e os dirigentes argentinos. As câmeras da quadra foram calibradas pra favorecer o time deles, e ainda deixam a gente acreditando que foi puro talento.

Rodolfo Nascimento outubro 13, 2025 AT 07:36

Rodolfo Nascimento

Vamos analisar os números: o Brasil arremessou 45% dos triples, enquanto a Argentina conseguiu 58% nas situações de alta pressão. Além disso, o rebote ofensivo da Argentina foi 12 a mais, o que mostra a superioridade tática deles. Hoje ficou claro quem estudou o adversário. :)

Escreva um comentário